Sobre a tristeza, revolta e nojo de saber dos casos de abuso do Neil Gaiman eu deixo vocês com a newsletter da Aline Valek. Aqui eu quero falar principalmente da noção de consentimento que precisa urgemente ser revista pelos homens e pela LEI numa perspectiva da vítima, das mulheres.
Nádia, que texto! Você sintetizou muito bem a questão.
E sobre as "pequenas agressões" durante o sexo, dessas que não temos tanta certeza em estar consentindo, acho que dá uma discussão necessária para outro momento.
Tenho pra mim que Cinquenta tons de cinza, em seu auge, no tema BDSM, ensinou a abrir uma porta mas não a fechá-la com segurança. E assim faz a pornografia desde sempre, com a qual a maioria dos homens aprendem a tratar uma mulher na cama. E assim faz muitas pessoas que trazem esse conteúdo pra internet.
Está cheia de linhas borradas no que significa levar um tapa de um cara na cama.
É preciso estarmos atentas. E sinto muito pelo que aconteceu com você.
Isso, é exatamente isso. Me lembra muito o caso do Aziz Ansari e do exposed que ele sofreu. Muitas pessoas, na época, falaram "ah, mas ela aceitou sair com ele", e foi a primeira vez que vi como as pessoas tinham ideias completamente erradas sobre consentimento. Você sintetizou isso tudo brilhantamente e, sempre que esse assunto surgir novamente, enviarei seu texto.
Concordo com o que você disse, meu bem. Isso acontece até dentro de relações super "estáveis" como o casamento, aí é que acha que o "sim" do altar ou o que quer que seja, parece valer para tudo. Em "A Vegetariana" da Han Kang, é o livro que consigo lembrar agora que trata disso, é explorado muito bem, o estupro dentro do casamento. E sinto muito pelo que passou, e mais ainda por saber que essa não foi a única situação de violência, a gente sabe o quanto a violência e/ou o medo são uma constância para nós. E, no medo, o "não" é muito difícil de sair da boca, e mais difícil ainda de continuar a ser repetido.
é exatamente isso! ótimo texto, me instigou bastante.
Nádia, que texto! Você sintetizou muito bem a questão.
E sobre as "pequenas agressões" durante o sexo, dessas que não temos tanta certeza em estar consentindo, acho que dá uma discussão necessária para outro momento.
Tenho pra mim que Cinquenta tons de cinza, em seu auge, no tema BDSM, ensinou a abrir uma porta mas não a fechá-la com segurança. E assim faz a pornografia desde sempre, com a qual a maioria dos homens aprendem a tratar uma mulher na cama. E assim faz muitas pessoas que trazem esse conteúdo pra internet.
Está cheia de linhas borradas no que significa levar um tapa de um cara na cama.
É preciso estarmos atentas. E sinto muito pelo que aconteceu com você.
Oi Nádia, sempre uma ótima leitura seus textos!
Oi Matheus!! Brigada pela leitura <3
Isso, é exatamente isso. Me lembra muito o caso do Aziz Ansari e do exposed que ele sofreu. Muitas pessoas, na época, falaram "ah, mas ela aceitou sair com ele", e foi a primeira vez que vi como as pessoas tinham ideias completamente erradas sobre consentimento. Você sintetizou isso tudo brilhantamente e, sempre que esse assunto surgir novamente, enviarei seu texto.
Concordo com o que você disse, meu bem. Isso acontece até dentro de relações super "estáveis" como o casamento, aí é que acha que o "sim" do altar ou o que quer que seja, parece valer para tudo. Em "A Vegetariana" da Han Kang, é o livro que consigo lembrar agora que trata disso, é explorado muito bem, o estupro dentro do casamento. E sinto muito pelo que passou, e mais ainda por saber que essa não foi a única situação de violência, a gente sabe o quanto a violência e/ou o medo são uma constância para nós. E, no medo, o "não" é muito difícil de sair da boca, e mais difícil ainda de continuar a ser repetido.